terça-feira, setembro 22, 2009

Levitas??? (Eu não sou um)

Olá meus irmãos!

Depois de um fim de semana inteiro retirado na cidade de Sapiranga, estando intensamente com o meu Deus, estou de volta para compartilhar algumas outras coisas com vocês. Espero que pensem e opinem!


O texto a seguir eu li no blog Genizah Virtual. O autor coloca as claras por que não se deve chamar um músico de levita.


Espero que entendam, por que de fato o que ele escreve é fato e eu, desde que comecei a entender um pouco da bíblia, entedia que não havia moral pra me chamar de levita!


Enfim, um texto esclarecedor que compõe esse entendimento!


E... por favor, (eu também sou músico) não me chamem de levita!



Como alguns ja sabem, eu sou músico, e atuo com música na igreja há alguns anos. Pra terem uma idéia, aos 7 anos mais ou menos (quando comecei a "violar o tocão") no meio do culto pedia pro meu pai abrir espaço pra eu sentar no palco e tocar uma das duas canções que eu conhecia: "Meu Barco é Pequeno", ou então "Quando Estou com o Povo de Deus", verdadeiros clássicos do cancioneiro cristão (rs).

Vinte e dois anos se passaram desde o garotinho com duas músicas no repertório, nesse tempo eu vi e ouvi muita coisa. Desde a superproduzida galera do Salt, passando pelos "corinhos" singelos e desafinados da Romilda. O som adolescente do Rebanhão, o rock rebelde do Brother Simion. Até chegarem os importados Maranata! e Hosana! (pra quem não conhece, eram dois selos americanos rivais, o avós do Hillsong e do LifeHouse).


Talvez uma das mudanças mais destrutivas que vi nesse período tenha sido a transformação do serviço de música em "Ministério Levítico". Há até o absurdo de um projeto para um programa estilo "Ídolos" que se chamaria "Levitas". Felizmente o projeto não saiu do papel (ainda).


Primeiramente o que é um levita? Trata-se de uma famíla, uma das 12 tribos de Israel, que era destinada a TODO serviço no tabernáculo, e mais tarde no templo. Eles eram músicos. Mas também eram porteiros, faxinheiros, sacerdotes.Acender o menorá, trocar os pães da preposição, a água da bacia, isso era função do levita. Também eram carregadores. Somente eles eram autorizados a carregar a arca da aliança e as partes do tabernáculo, que eles mesmos montavam e desmontavam sempre que a nuvem ou a coluna de fogo estacionassem em algum ponto do deserto.Então a música era apenas uma dentre tantas funções dos levitas. Curiosamente o livro de "Levítico" não tem nenhuma canção.


Nesse ponto alguns chegam a pensar: "Então todo mundo que trabalha na igreja deveria ser chamado de levita"... Ao que caberia a resposta: "Se essa igreja não fosse cristã, pode até ser".Isso porque Jesus, o fundador da SUA igreja, não era levita. Ele era da tribo de Judá, certo? Logo aqueles que foram gerados nele não são gerados pela linhagem de Levi. Isso dá um nó na cabeça.


No capítulo 7 do livro de Hebreus há uma excelente explanação sobre o tema. Sobre Jesus, Paulo afirma que ele é "sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque"."De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?"Então Jesus e nenhum de seus seguidores são feitos levitas. (nem mesmo os músicos... rs)


O que nos leva a outro ponto ainda mais delicado. Vejo muita gente falando em "Ministério de Música" ou o pior ainda "Ministério de Louvor e Adoração". Oras, se é de fato um ministério de Louvor e Adoração, podemos definir o que é Louvor e Adoração?Tecnicamente falando, ja ouvi o Gerson Ortega definir (em linhas gerais) Louvor como exaltação, e adoração como Gratidão. Gostei demais. Mas parece que ele esqueceu de botar a música na parada. Sim, pois os "ministérios de louvor e adoração" que conheço são todos de músicos.


Num outro artigo meu publicado aqui cheguei a definir adoração em espírito e em verdade. Se você der uma olhadinha la vai perceber que essas coisas não são do tipo que podemos confiar que outros façam pela gente. Louvar e adorar não são "ministérios", mas sim atitude daqueles que conhecem o amor de Deus.


Também não gosto de chamar as músicas cristãs de "louvores". Afinal, a canção pode se tornar louvor de acordo com o coração de quem canta. Ou pode se tornar vergonha para Deus, se for entoada em glória própria. Logo uma música também não é louvor, tanto quanto um prato não é comida e um copo não é bebida. A música é apenas um dos possíveis recipientes do louvor, que pode ser expresso das mais diversas formas. Até mesmo lavando os pés do mestre com suas lágrimas e os enxugando com seus cabelos.


Quem diria que uma higienização tão peculiar poderia ser uma manifestação de louvor?Se para você (assim como para mim) parece que ao chamarmos os músicos cristãos apenas de "músicos", e as músicas cristãs apenas de "músicas" estaremos rebaixando-as de categoria, então aparentemente estamos no caminho certo.


"Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." Lucas 14:11


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Um comentário:

Anônimo disse...

Cara show de bola tua idéia a respeito de louvor, concordo muito contigo nessa área. Realmente o louvor vem do coração a flui com muita diversidade.
Pra mim não fez muito sentido o fato de não ser chamado levita, no qual discordo contigo, tb não acredito na rotulação de alguém como "ele é um levita", mas ao mesmo tempo não negaria o fato de ser considerado um, ou exercer a mesma função que eles exerciam. Graças a Deus hoje somos novas criaturas, e desde Cristo nao não vivemos mais no tempo da lei. Então no final da historia sendo levita, sacerdote, judeu ou grego se torna irrelevante.
Sendo que, seria um privilégio imenso pra mim, se eu tivesse sido um levita naquele tempo. Só o fato de ser encarregado por Deus te tomar conta da Arca já me faria realizado.
Sabe, Deus já me comparou a um levita, e Ele mesmo me disse isso, e realmente tomei aquilo muito a serio em um determinado período da minha vida. E não importava se era o Mike Shea, o Davi Silva, ou o Jason Upton q provasse ocontrário. Pois não tomaria a palavra de Deus em desvantagem à de um homen nunca. Recebi aquilo e foi vitorioso.
Então acho um pouco "extremo" dizer "não me chame de Levita".

Abraço

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