quinta-feira, agosto 27, 2009

O ponto central da eternidade


"Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? " (Lucas 24:26)

"Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças" (
Apocalipse 5:12).

Cícero, o famoso orador político da Roma antiga, declarou diante do senado: “Amarrar um cidadão romano é crime, açoitá-lo é uma abominação, matá-lo é senão assassinato, crucificá-lo: como falar disso? Não existem palavras para descrever ato tão terrível”.

Os romanos reservavam a crucificação para os escravos e estrangeiros culpados de homicídio, de roubo a mão armada ou rebelião. A cruz era igualmente vergonhosa para os judeus que viam a morte de um crucificado como uma maldição divina (
Deuteronômio 21:23).

Jesus sabia que devia morrer na cruz para levar o castigo divino contra o pecado (
Gálatas 3:13). Era o Cordeiro de Deus que expiou na cruz o pecado do mundo. Sua morte constitui o ponto central da História e da eternidade. A ela convergia a esperança dos crentes do passado; dela saem todas as fontes da esperança do futuro.

Sem a morte de Jesus não haveria nenhuma esperança de salvação para nós. O apóstolo Paulo chama o Evangelho de “a palavra da cruz” que é “o poder de Deus” (
1 Coríntios 1:18). Jesus aceitou uma morte vergonhosa por nos amar, amar a você e a mim. Qual tem sido nossa resposta a tal amor?


Extraído do devocional BOA SEMENTE

Vi no site irmaos.com

quarta-feira, agosto 26, 2009

ADORAÇÃO COMO ATUAÇÃO

A diferença entre o entendimento bíblico e pagão de adoração encontra-se na diferença entre um verbo e um substantivo.


O que é adoração? O termo inglês vem do anglo-saxão weorthscipe, que significa “honrar, “atribuir dignidade”. É interessante que, sob esse aspecto, o Livro da Oração Comum, 1662, inclui nos votos matrimoniais: “com meu corpo eu te louvo”. Isso é uma afirmação sucinta do entendimento bíblico sobre sexualidade.
A palavra hebraica usada no Antigo Testamento para adoração significa, reverência. Mantenha isso em mente. Para os Hebreus, adoração era um verbo, algo que você faz. A mesma idéia está por trás do tremo grego do Novo Testamento para adoração, que significa “servir”. Como antecipação do que eu estarei dizendo, eu sugiro isso a você: a diferença entre o entendimento bíblico e pagão de adoração encontra-se na diferença entre um verbo e um substantivo. Para o individuo da Bíblia, adoração é algo que você faz. Para o pagão, adoração é um estado de ser.
O que é, neste caso, que nós fazemos quando nós atribuímos dignidade a Deus, ou o reverenciamos, ou o servimos no Domingo de manhã? Eu acredito que nós nos entregamos a um ritual dramático. Como ritual, eu quero dizer que nós usamos algumas formas fixas de palavras, isto é, sermões, orações, hinos. Como ritual eu quero dizer que o contar da história é tecida através daqueles rituais: a história dos poderosos atos de salvação de Deus através de Jesus Cristo.
Deixa eu dar um exemplo do que eu quero dizer através da cultura popular. Quando nós adoramos a Deus, nós fazemos essencialmente a mesma coisa que eu fiz quando eu assisti na televisão, no mês passado, pela décima primeira vez, a repetição da grande vitória do USC contra o Notre Dame, em 1974. Para aqueles que não estão familiarizados com essa sagrada história, esse foi o jogo em que o USC estava perdendo por 17 pontos na metade do jogo. Anthony Davis do USC começou o segundo tempo a uma jarda da sua própria linha final e a 101 jardas do touchdown. Por todo o segundo tempo o USC dominou o Notre Dame, com as corridas de Davis e os passes de Pat Haden para J. K. McKay. Resultado final: USC 55, Notre Dame, 24.
“Mas”, você pode protestar, “você sabe tudo o que irá acontecer. Por quê você assistiu isso tantas vezes?” Minha resposta: o principal é exatamente isso. Eu assisti várias vezes porque eu sabia o que ia acontecer. Algumas idéias que eu tenho são confirmadas e reafirmadas. Mais uma vez, o bem triunfou sobre o mal, a luz sobre as trevas.
Você faz a mesma coisa ao assistir a seu programa de televisão favorito. Alguns valores e crenças que você serão dramatizados, em forma de história. Eles serão sobre a vida e sobre o que ela significa, seus problemas e suas soluções. Alguns analistas sociais chamam os programas de Tv populares, especialmente os intermináveis seriados, de ritual dramático. É por isso que eles, como meu jogo favorito, reafirmam o que acreditamos. Eles são como cultos de adoração. Para muitas pessoas eles são como cultos de adoração a partir do momento em que eles são semanais, às vezes diários, e confirmam e reafirmam o centro dos valores que nós mantemos em comum enquanto cidadãos americanos.
A Bíblia é cheia de rituais dramáticos. Apocalipse 5.9-10 é um bom exemplo. As miríades do céu estão reunidas em volta do trono de Deus. À sua direita está o Cordeiro, que foi considerado digno de tomar o rolo da mão direita de Deus e de abri-lo. O rolo é de imensa importância porque ele contém os decretos de Deus para o futuro do planeta Terra. A ocasião é de grande alegria para a congregação do céu, então eles iniciam um serviço de adoração ao Cordeiro cantando:
Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. Ritual dramático: é isso o que nós estamos testificando nessa adoração celestial espetacular. A história da salvação é de alguma forma recontada e seu valor confirmado. Todos os adoradores oferecem graças e louvores.
Uma pergunta essencial pode ser feita aqui, a resposta na qual nos leva ao coração do acontece na verdadeira adoração cristã. Nesse ritual dramático quem é a platéia e quem é o artista? A resposta é que Deus é a platéia e a congregação o artista. Como Soren Kirkeegard disse, na adoração cristã Deus é a platéia, a congregação o artista, e o ministro, o coral, e outros líderes são os encenadores.

Se essa verdade essencial entrasse na consciência dos cristãos, a adoração seria transformada. A maioria esmagadora das congregações cristãs tem a regra invertida. A congregação se considera a audiência, enquanto os incitadores e Deus são considerados, eu suspeito, os artistas. A congregação vai para ter uma “experiência de adoração”. Isso não é apenas idolatria no seu reverso da regra de adoração. A adoração se torna um substantivo, um estado de ser, uma experiência induzida por Deus, pelo coral, ou pelo pastor. Porém, biblicamente, adoração é um verbo, algo que a congregação ou os artistas fazem.
Existem no mínimo três implicações dessa compreensão da adoração como um ritual dramático. O primeiro tem haver com a história. Deus é o Deus da história: do passado, do presente e do futuro. O Cordeiro foi assassinado, nos libertou e nos fará reinar, é o que diz o hino da passagem de apocalipse.
A adoração cristã é essencialmente um ato de rememoração. É isso o que a Ceia do Senhor faz. Ela relembra a morte do Senhor, mesmo celebrando a presença da sua ressurreição e olhando para o seu retorno. Lá estão eles novamente: passado, presente, e futuro.
Uma das falácias e conceitos de nosso tempo é que Deus fez pouco ou nada desde a morte do último apóstolo até agora. Nos colocamos uma grande carga no Novo Testamento e na igreja do primeiro século,e em nós mesmos. Na minha igreja existem aqueles que querem cantar somente as novas músicas e aqueles que querem cantar somente as antigas. O engraçado disso tudo é que as “músicas antigas”, as mais velhas, datam do século dezenove.
O Deus do passado, do presente e do futuro a quem nós adoramos em um ritual dramático era tão ativo no quarto, décimo primeiro ou décimo sétimo séculos quanto o é agora. Nossas canções, orações, sermões e confissões, deveriam confirmar isso. Além de nos fazer pessoas mais bíblicas, isso nos daria uma perspectiva sobre nós mesmos e nos fazer recordar um pouco do nosso conceito.
A segunda implicação tem haver com a preparação. Porque nós somos os realizadores, nós devemos ir preparados para a adoração. Imagine sua decepção se você pagasse vinte dólares para assistir a sétima sinfonia de Beethoven e a orquestra chegasse atrasada na sala de concerto? E se o diretor chegasse diante da plateia e dissesse algo como: “Nossa! Nós tivemos um mês ocupado! Muitas viagens, várias gravações, e agora aqui nós estamos e não tivemos uma chance para ensaiar o concerto desta noite. Escute, eu tenho uma grande idéia. Todo o mundo aqui é um músico realizado. O que vocês dizem se nós tivermos uma sessão de jazz durante os próximos noventa minutos? Deixa fluir. Seja espontâneo!”
Você estaria irritado se a orquestra chegasse atrasada e se ela estivesse despreparada, porque você pagou pelo espetáculo. O que Deus pagou pelo nosso espetáculo? O sangue do seu próprio filho? O que isso significa na prática? Significa ter uma boa noite de sono no Sábado. Significar chagar na hora. Eu acredito que o atraso no culto de Domingo é uma questão teológica. Isso significa orar e estudar a Bíblia se preparando para o Domingo. Howard Rice disse que a reforma da adoração supõe que os indivíduos da congregação tenham gastado uma hora por dia em oração e leitura da palavra.
Tudo isso contradiz o que Tom Haward chama de o “mito da espontaneidade”. É um mito muito atraente. Isso diz que nós seriamos livres, diretos e espontâneos, se nós simplesmente pudéssemos desmantelar a tradição, estruturas e convenções. Infelizmente, isso contradiz tudo o mais que nós conhecemos dentro da experiência humana. Foi o trabalho árduo, a austeridade, e a disciplina que gerou os Diálogos de Platão, a Missa em Si menor e a Teoria da Relatividade. Deveria ser muito diferente em nossa relação com Deus? Da mesma maneira que poucas coisas de mera espontaneidade são valiosas, significativas e notáveis nas outras formas de esforço humano, assim é a adoração cristã. Eu acredito que Deus está, no mínimo, não impressionado com apenas adoradores espontâneos.
Uma boa metáfora para a verdadeira liberdade da adoração cristã disciplinada pode ser encontrada na arte do dançarino. Nada parece mais livre e espontâneo do que um grande dançarino atuando. Mas por baixo de toda aquela liberdade espontaneidade existem anos exercícios, repetição, suor, esforço e mais exercícios.
A adoração de Domingo será para o resto das nossas vidas o que a cultivação é para um jardim. Nós capinamos, podamos, jogamos água e nutrimos com a finalidade de deixar o jardim bonito. Não é espontâneo; os jardins são disciplinados.
A última implicação tem haver com o foco. E com isso eu fecho, porque ela resume todas as outras.
Cristo é o centro da adoração cristã, e não nós e nossa experiência. Nós não estamos lá para dar, mas para receber. O que nós deveríamos nos perguntar no caminho para casa no Domingo não é, “O que eu recebi?”, mas sim, “O que eu fiz?”
Quando todos os sermões forem pregados, os hinos cantados, todos os seminários de renovação de adoração conduzidos, e todas nossas inovações tiverem ido e vindo, isso é tudo aquilo que terá importado: que nós dissemos com nosso ser inteiro, “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber poder, riqueza, sabedoria, poder, honra, e glória e de ser bendito!”


Ben Patterson

Vi no site Cristianismo Hoje


quinta-feira, agosto 20, 2009

Solo de Guitarra com a boca!

Já vi muita gente imitar sons com a boca e até então (até este vídeo) o que eu mais curtia era o Beat Box, mas me surpreendeu este carinha aí do vídeo abaixo TOCANDO GUITARRA COM A BOCA!!!

Demais mesmo!!!

Curtam...


sexta-feira, agosto 14, 2009

Empurradores de moral


Caverna é a antítese da igreja de nossos dias. Antes de tudo, uma caverna não é um lugar confortável, repleto de pessoas bem vestidas com roupas de grife, que estacionam seus carrões em um estacionamento subterrâneo ou contiguo; leitoras da bíblia NVI e dos livros da moda, tais como: “Por que você não quer mais ir à igreja” ou “Viciados em mediocridade”. Na Caverna não há um pastor efetivo, cercado de obnóxios por todos os lados, com seu diploma do mestrado, expedido na metodista, pendurando na parede do seu gabinete pastoral. Aliás, na Caverna não há gabinete pastoral. O único gabinete existente é a própria Gruta onde só se vê estalactites e estalagmites, por todos os lados. O que mais se parece com um pastor na Caverna é um cara destruído por sua insistência compulsória em nadar contra a corrente da falsa moral. O resto é pedra e água. É bom lembrar que Jesus tinha em mente construir sua igreja em uma Caverna, ou você não lembra que ele disse: “sobre essa pedra edificarei minha igreja”. Não precisamos de um estacionamento, pois não temos carro. Alguns andam em motos 125 cc, por aí, sob o risco de morrer na marginal. Tampouco temos espaço para armar uma grande tenda, enche-la de cadeiras de plástico desconfortáveis e um big púlpito de acrílico sobre um palco . Na Caverna, dificilmente as pessoas sentam e, quando o fazem, é no chão mesmo, em outras palavras, no pó. Nas igrejas da moda busca-se o bem em detrimento do mal, enquanto na Caverna queremos a verdade, posto sermos um bando de pessoas cansadas dessa gente repleta de bem que nos faz tanto mal e nos privam da verdade. Nossas bíblias sem marcas estão sendo desconstruídas por nossa experiência e pelas falácias teológicas e filosóficas inconsistentes dessa gente cheirosa, sempre importadas do reino do norte. Nós sabemos o quanto nos distanciamos deles quando falamos de nossa situação financeira a perigo, de nossa saúde capenga ou de quaisquer outras de nossas mazelas. Na Caverna não há vencedores, aliás, eles nem sabem onde estamos. Por outro lado não há perdedores, pois não temos com quem competir. Aqui não nos envergonhamos quando nossa despensa está vazia, nem mesmo estranhamos a lágrima vertida diante da ação bondosa representada por uma mão tremula estendida em favor de alguém caído. Nem sequer precisamos estar em algum buraco da terra para estar na Caverna. Na verdade, Caverna é nossa verdade, muito mais do que um lugar. Talvez nós sejamos os viciados em mediocridade e, certamente, as pessoas que não querem mais ir à igreja. Afinal, se ser medíocre é não querer fazer parte do bem e do mal deles, certamente nós os somos, seus protagonistas prediletos. Qual é a moral deles? Sim porque eles querem nos fazer engoli-la. Deus está ao lado dos vencedores? Então não quero nada com Deus. Não falo por mim, mas se há um Deus, ele viria em favor dos doentes e não dos sãos, então é desses a quem me refiro. A Igreja de nossos dias não precisa mais de um salvador. Seus pastores se bastam como tal. São emanueis montados em suas Harleys e vestidos em seus mantos La Coste. Mas os membros dessas igrejas nos visitam e até nos dão esmolas, vez em quando, só não nos convidam para cear com eles, pois poderíamos envergonhá-los com nosso cheiro e nossa roupa desgastada. Procuram-nos por alguma profecia ou um resquício de verdade. Tenho uma coisa liquida e certa, a verdade não é o maniqueísmo, nem o dos tempos de Agostinho e muito menos o atual. A verdade será Cristo?

Vi no blog Tomei a pílula vermelha
Via blog Caverna do Lou

quarta-feira, agosto 12, 2009

Diploma do Dizimista

Repare a autenticidade da assinatura que aparece no campo “Abençoador“.

Veja que avanço! Agora, os fiéis não correrm mais o risco de contribuir em vão, já que, com este ilustre certificado, fica tudo muito bem documentado no que diz respeito às obras divinas.


“Diploma de dizimista” de Edson Luiz de Melo, ex-zelador, de 45 anos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, terça-feira (11). Dulce Conceição de Melo, de 65 anos, mãe de Edson, entrou com a ação na Justiça contra a Igreja Universal do Reino de Deus por prejuízo de R$ 55 mil. Ela teve que pedir a interdição civil do filho para impedir que o prejuízo fosse maior e que ele desse mais dinheiro à igreja. Dulce conta que por causa da igreja o filho teve até que ser internado. Líderes da Igreja Universal do Reino de Deus estão sendo investigados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Vi no blog Dormiu!
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Bela heresia Bispo!?!
Deve ter tirado do livro de "Heresias" cap. 21 ou do livro de "Inventares" cap. 2, quem sabe?

terça-feira, agosto 11, 2009

Porto Alegre é muito D+ - Amor por essa cidade!

Redenção from Gabriel Von Doscht on Vimeo.

Louvor enquadrado

Ordem dos Músicos cria Delegacia Cristã, que pretende filiar até quem toca em igreja.

Não foi uma cerimônia às escuras. Pelo contrário – a solenidade ocorrida na tarde do dia 12 de março no auditório do Conselho Regional de São Paulo da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), no centro da capital paulista, teve até cobertura da imprensa, com a presença de jornalistas e equipes de tevê. No pequeno ambiente, pastores, músicos – alguns conhecidos e consagrados no meio evangélico – e representantes de parlamentares assistiam a inauguração da primeira Delegacia Musical Cristã, uma espécie de departamento da OMB-SP cuja responsabilidade é sair pelas igrejas à procura de músicos que estejam em situação irregular com a autarquia federal. Entenda-se por situação irregular a falta de pagamento da anuidade ou mesmo a ausência de vínculo com a entidade, uma vez que, de acordo com a Lei 3.857, de 22 de dezembro de 1960, somente quem estiver registrado na OMB pode exercer a profissão de músico.

Em outras palavras, a Ordem dos Músicos do Brasil deseja aumentar sua arrecadação arregimentando mais músicos. E, para ampliar seu rebanho, a solução encontrada foi uma inusitada aliança com pastores evangélicos. “Em síntese seria assim – a raposa cuidando do galinheiro (sic). Mas não é bem isso, o que quero é um cara mais compenetrado dentro de sua denominação”, explica o delegado Milton José de Souza, responsável pelo departamento da OMB-SP. Souza, que também se apresenta como advogado, embora não possua registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nomeou fiscais para cobrar de músicos evangélicos a carteirinha da entidade sob pena de serem multados ou até mesmo “presos por exercício ilegal da profissão”.

omb2Esses representantes da OMB são, em boa parte, pastores responsáveis pela área de louvor em suas igrejas. A ideia é que eles possam influenciar os músicos de suas denominações – inclusive aqueles musicistas amadores, que tocam nos cultos de maneira precária com o objetivo de louvar a Deus – a se filiarem à Ordem. “É a valorização da profissão do músico”, defende Milton Souza. Para ele, instrumentistas que não são vinculados à OMB não podem ocupar a vaga dos que, nas suas palavras, “lutaram por sua carteirinha”. A carteira que profissionaliza o músico é entregue após o pagamento de cerca de 215 reais e um exame realizado por uma bancada de professores ligados à autarquia.

Uma vez filiado, o músico precisa pagar anualmente uma taxa de cem reais. De acordo com o delegado, a função da Ordem dos Músicos é fiscalizar, orientar e informar. “É como se fosse a OAB”, compara, referindo-se à entidade que fiscaliza a atuação dos profissionais do Direito.

“Proteção” ao músico – É justamente por esse motivo que OMB-SP tem sido contestada durante anos por boa parte da classe musical. Criada em 1960, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, ela passou a ser presidida, em 1965, pelo advogado Wilson Sândoli. Ele foi empossado pelo governo militar que tomou o poder pela força no ano anterior, após a destituição do antigo presidente, o maestro Osmar Milani, acusado de ser comunista. Sândoli sobreviveu no cargo até 2008, quando caiu após ações na Justiça. O motivo foi uma enxurrada de denúncias de irregularidades e desvio de dinheiro durante sua gestão. Um dos célebres momentos do então presidente foi uma participação num programa de televisão ao lado da cantora Elis Regina. Ao chamá-la de “sua amiga” ouviu da espevitada artista uma desmoralizante resposta em rede nacional: “Não sou sua amiga porque tenho muito bom gosto na escolha das minhas amizades”.
Quem assumiu a presidência da entidade foi o maestro Roberto Bueno, sob a bandeira de renovação, transparência e moralização. Ele também dirige o Conselho Regional paulista da OMB. O novo dirigente assumiu disparando denúncias contra seu antecessor, de quem foi vice-presidente, alegando que Sândoli desviou milhões de reais. Bueno defende a criação da Delegacia Musical Cristã: “A ideia é proteger o músico evangélico. Foi por isso que nomeamos o Milton, para cuidar apenas das igrejas cristãs”, afirma. Segundo ele, a adesão à Ordem ampara o artista em eventuais disputas jurídicas, como o calote em cachês. Além disso, dignifica a profissão ao salvaguardar o mercado de trabalho apenas para os que passaram por um exame da OMB. “Também fornecemos a nota contratual, documento cujas vias ficam com o músico, o contratante, a Ordem e o Ministério do Trabalho” enumera.

É justamente nessa nota contratual que reside a principal confusão sobre a legitimidade da autoridade da Ordem dos Músicos. Uma lei estadual paulista (12.547, de 2007), do então deputado estadual Alberto “Turco Loco” Hiar, dispensa a apresentação da carteira da OMB por parte de músicos em shows e espetáculos. Além disso, inúmeras liminares pelo Brasil têm garantido aos artistas o direito de se apresentar sem precisar comprovar a filiação ao organismo. “Essa lei fala na desobrigação da apresentação da carteira. Até então, o músico que se recusasse apresentá-la poderia ser preso. Só que é omissa numa coisa: por trás da carteira tem a nota contratual, que é estabelecida pelo Ministério do Trabalho. E ali tem que constar o número de registro na OMB”, argumenta o mandachuva da Delegacia Musical Cristã. Segundo ele, a lei não tem validade, uma vez que, se o músico não apresentar sua documentação, o fiscal pode exigir a nota contratual do estabelecimento onde haverá a apresentação. “Se a casa não me apresentar, eu multo. E a multa é mais pesada ainda. A lei quis aliviar o lado do músico, mas acabou prejudicando-o. Ninguém vai querer contratar quem não tem registro”, frisa Milton Souza.

O presidente do Conselho Regional Paulista da OMB concorda: “Essa lei estadual não tem valor, pois não pode se sobrepor a uma lei federal”, Roberto Bueno. Ocorre que, poucos dias antes da entrevista cedida à reportagem de CRISTIANISMO HOJE na sede da OMB-SP, Bueno declarava em audiência na Assembleia Legislativa paulista que reconhecia a vigência da lei estadual. “Ele reconheceu que ela está em vigor e argumentou que os fiscais trabalham apenas na conscientização da regulamentação da profissão, e não na filiação à Ordem”, diz o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL).

Segundo Giannazi, os artigos da lei de 1960 não foram recepcionados pela Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 5º garante a liberdade do exercício profissional. “Trata-se de uma coerção que a Ordem pratica ao interromper apresentações de músicos que não portam a carteira ou estejam inadimplentes com a instituição. Temos várias denúncias sobre isso”, protesta o parlamentar. Ele apresentou à Assembleia dois projetos de lei que colocariam de vez uma pá de cal na necessidade de vínculo com a Ordem dos Músicos. “Queremos aperfeiçoar a legislação. Um dos projetos, o PL 214/09, retira as exigências de inscrição na entidade e de apresentação da nota contratual. O outro, PL 223/09, garante o livre exercício da profissão de músico em todo o estado de São Paulo, em conformidade com o previsto no texto constitucional”, explica. O deputado pretende ainda entrar com uma Ação de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a lei que criou a autarquia federal. “Vamos tentar através do Ministério Público Federal ou da própria Assembleia Legislativa”.

omb3

Comissão por multa – Enquanto isso, na sala da Delegacia Musical Cristã, os fiscais – cerca de 20 pessoas, entre pastores e líderes evangélicos ligados à área musical – já fizeram até um curso semanal com o delegado Milton José. A pauta era sobre como abordar os músicos nos cultos, eventos e show evangélicos. “A principio nós vamos apenas orientar. Não queremos sair multando”, garante o pastor Gildo de Carvalho, dirigente da Igreja do Evangelho Quadrangular no Pari (zona norte de São Paulo) e responsável nacional pela Coordenadoria do Ministério de Música do Evangelho Quadrangular (COMMEQ). Pelas suas contas, cerca de 200 mil pessoas atuam com música evangélica no Brasil – a maioria, sem dúvida, são os chamados levitas, gente que toca nos cultos. “Quem se propuser a atuar profissionalmente deve ter sua carteirinha da Ordem”, sentencia Carvalho. “Nas igrejas, temos os músicos voluntários e outros que atuam profissionalmente. Os primeiros não precisam, mas se quiserem, podem aderir também”, ressalva. “Acho que essa é uma porta valiosa que se abriu para lidar com o pessoal evangélico de forma específica”, argumenta.

Segundo o pastor, ainda não foi definida nenhuma forma de remuneração aos fiscais da Delegacia Cristã. Mas tamanha dedicação, com diligências a cultos e shows, evidentemente não sairá de graça. Já o presidente da OMB-SP diz que isso é com o delegado. Milton, por sua vez, sinaliza que haverá um “comissionamento por adesões”, ou seja, cada fiscal receberá um percentual sobre o valor da inscrição de novos filiados. É aí que parece morar o perigo – ele acha “antiético” falar em valores: “Não gostaríamos que o mercado ficasse sabendo disso. É melhor ficar entre o fiscal e a instituição”. Já um fiscal, que pediu para não ser identificado, contou à reportagem que receberá bonificação de 10% das novas adesões e das multas que conseguir.

No próximo encontro da COMMEQ, agendado para a cidade paulista de Sumaré, será montado um estande da Delegacia Musical Cristã, onde os músicos interessados poderão se inscrever. Ao todo, 4 mil pessoas deverão estar presentes. Gildo está entusiasmado: “Vamos divulgar o projeto e levar uma bancada de examinadores. Os músicos poderão tirar sua carteira por lá mesmo, pagando as taxas e já saindo regularizadas”. Outro fiscal de peso é o maestro Cunha Jr., da Igreja Batista de Vila Mariana, na capital paulista. Ele dirige Associação dos Músicos Batistas do Estado de São Paulo. A entidade congrega cerca de 3 mil instrumentistas e cantores – destes, 40% atuam como profissionais. “Estamos trabalhando para que consigamos registrar boa parte deles na Ordem dos Músicos”, antecipa.

O problema é que a OMB não é unanimidade entre os profissionais e artistas que pretende representar. Dirigente do Fórum Nacional de Música, organização presente em 18 estados brasileiros e que, entre outras atividades, promove debates sobre temas como leis de incentivo à produção musical, direitos autorais e questões do universo de trabalho do músico, o maestro Amilson Godoy é contra a exigência da carteira da OMB para o exercício profissional. “É uma categoria que não oferece risco a ninguém. Isso é desnecessário. Não é a carteira que vai qualificar o músico e sim o seu trabalho”, acredita. Para ele, o principal problema da Ordem é que poucos músicos compreendem sua real função. “Acredito que deveriam trabalhar na dignificação da profissão e na melhoria das condições de trabalho. Se eles defenderem isso, eu não tenho como ser contra”, pondera. Mas o que vê não lhe deixa animado. “A Ordem dos Músicos serviu para tirar o artista da marginalidade, é verdade. Mas não posso concordar com o papel que assumiu, de ser apenas um mecanismo fiscalizador do músico no intuito de arrecadar dinheiro”.

Para o músico Gerson Serafim de Carvalho, da Igreja Betesda do Tatuapé, em São Paulo, a OMB não representa, de fato, os músicos brasileiros. “Parece-me injusto querer taxar uma atividade religiosa, de culto. E como ficam os músicos que tocam e cantam nas celebrações de outras confissões religiosas, como os cultos afro e os muçulmanos, por exemplo?”, questiona. O maestro atua como músico profissional há cerca de 20 anos e é filiado à OMB há nove; no entanto discorda do assédio da autarquia em relação aos músicos evangélicos. “Acho que nenhum músico em atividade não remunerada deveria ser taxado”.

Mandado de segurança – O trabalho dos fiscais já começou. Um representante da Delegacia Musical Cristã visitou a sede da Igreja Bola de Neve, no bairro de Perdizes, zona oeste da capital paulista, em abril. Depois do culto, aplicou uma multa e notificou os representantes da congregação a comparecer na sede regional da OMB. “Lá fomos informados de que a igreja deveria promover a inscrição de todos os membros que atuam no louvor na Ordem, bem como providenciar a nota contratual para cada apresentação, sob pena de autuação”, explica a advogada Tais Amorim de Andrade Piccinini, que representa a Bola de Neve. Segundo ela, nem mesmo o argumento de que não há artistas remunerados na igreja sensibilizou o fiscal. A solução foi impetrar um mandado de segurança com um pedido de liminar, com o objetivo de impedir qualquer ato da OMB e da Delegacia Musical Cristã contra a denominação. A liminar foi deferida, suspendendo o auto de infração e impedindo, até o julgamento do mérito, que a autarquia tome qualquer atitude coercitiva em face da igreja e músicos que tocam em seus cultos. “A petição teve vários embasamentos legais, como a liberdade constitucional de culto e a voluntariedade dos músicos da igreja, entre outros”, diz a advogada Taís Piccinini, responsável pela ação. “O que acontece na igreja não é e nunca foi um show, mas culto a Deus, onde o amor e dedicação são os únicos incentivos para o trabalho no templo.”
Já em Osasco (SP), durante o Celebrando a Unidade, evento ocorrido em 21 de abril passado, dois fiscais da Delegacia Cristã da OMB foram “cumprir ordens”, como relembra Renato Saito, apóstolo da Igreja Casa de Profetas, responsável pela organização da festividade que reuniu cerca de 5 mil pessoas de 50 igrejas da região. “A alegação foi de que os músicos participantes do evento não tinham a carteira da OMB. Recebemos uma multa de 500 reais”, lamenta. No entender do ministro, esse tipo de coisa parte de quem é contra o Corpo de Cristo e tem caráter meramente repressor e punitivo, já que os fiscais apelaram para as famosas carteiradas e humilharam os presentes. “Querem normatizar quem deve tocar instrumentos nos cultos. É um abuso de autoridade multar levita que apenas quer adorar a Deus com seu instrumento”, protesta.

Vi no blog Cristianismo Hoje

segunda-feira, agosto 10, 2009

Hosanna Alleluia (Na África)

Depois do grande sucesso no YouTube com Silvio Maia (Michael Jackson Gospel). Eis agora uma dupla de grande sucesso na música popular gospel na Africa do Sul!!!



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Só não me perguntem o nome da dupla, por que realmente não sei! Se alguem souber, comenta aí... Grande abraço!!!

sexta-feira, agosto 07, 2009

Igreja de Garrafas Pet


Templo ficou pronto em quatro meses e custou R$ 2 mil

O pastor Jeremias Ferreira, líder da recém fundada Igreja Amigos de Jesus, utilizou mais de 10 mil garrafas pet para construir um pequeno templo em Tubarão, no Sul de Santa Catarina. Ele fundou a igreja na cidade em 2008 e, inicialmente, as celebrações, que reuniam cerca de 15 pessoas, eram realizadas na garagem da casa do pastor, que trabalha também como eletricista.

Depois da comprar um terreno ao lado de casa, o pastor teve a ideia de construir a igreja com garrafas pet. Para isso, contou com a ajuda dos fieis, donos de lanchonetes e bares e até crianças do bairro para juntar o material necessário.

— Cada garrafa recolhida pelas crianças era trocada por uma bala. Assim consegui vários colaboradores — conta o pastor.

A execução da obra ficou por conta de Jeremias e os demais integrantes da igreja. A fundação foi feita com pedras e cimento e a estrutura recebeu armações de madeira. Foi aí que entrou em cena as mais de 10 mil garrafas.

A cobertura é de telhas de fibrocimento, mas revestidas na parte externa com as pet, o que oferece uma boa segurança em caso de chuva de granizo, por exemplo.

Em quatro meses o templo ficou pronto. A obra teve um custo de R$ 2 mil. Se tivesse utilizado materiais convencionais, o pastor acredita que o investimento seria de R$ 10 mil.

Fonte: ClicRbs
Vi no Blog Amigo do Noivo

quinta-feira, agosto 06, 2009

Ortografia 2009 "Revolucionário"

"Um pouco de cultura inútil pra variar... as vezes faz bem também!" - Lucas Miller

Esse Post traz um pedaço curto de um dos livros do

Professor Pasquale - Nossa Língua Portuguesa.

Ele dá exemplos de como uma coisa contada errada depois de muito tempo acaba virando a certa. Exemplo?

‘Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.’
Enquanto o correto é: ‘Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
Eu nem podia imaginar que era assim…e você?

A clássica ‘Cor de burro quando foge.’ Ta errada também, o certo é:
Corro de burro quando foge!

Outro que no popular todo mundo erra: ‘Quem tem boca vai a Roma.’ (clássica)
O correto é: ‘Quem tem boca vaia Roma.’ (isso mesmo, do verbo vaiar)

Outro que todo mundo diz errado, ‘Cuspido e escarrado’ – quando uma pessoa é muito parecida com outra, tipo o Marcos Mion e o Mionzinho..
O correto é: ‘Esculpido em Carrara.’ (Carrara é um tipo de mármore para esculturas)

Mais um famoso… ‘Quem não tem cão, caça com gato.’
Quando o correto é: ‘Quem não tem cão, caça como gato… ou seja, sozinho!’

Que ridículo, faz bem mais sentido do jeito certo huahuahua
Vai dizer que você falava corretamente algum desses?

Tirado do blog Fazzendo Arte

quarta-feira, agosto 05, 2009

Religião Mata



"Se a igreja for um exercício do talento humano com propósitos religiosos,acabará sendo somente um cérebro humano fazendo um trabalho mortal."
A.W. Tozer

segunda-feira, agosto 03, 2009

Mestre Bobby

Cientistas e o cara de "Don't Worry, be happy", Bobby McFerrin.

Aí, o cara quer provar algo sobre a mente humana usando a música e a intuição, a percepção humana!

Muito bom mesmo...