I Coríntios 1:26 - 29
Isaías 53 fala de um Messias desprezado, indigno e sofredor, do qual os homens não faziam caso. Realmente, Jesus se vestiu para ser o retrato da humilhação entre os homens. Alguém tão glorioso, tão supremo, tão santo, tão lindo, tão originalmente humano, se despiu da formosura que lhe era cabida a fim de ser capaz de se identificar com as pessoas da Terra.
Está escrito que devemos ter em cada um de nós o mesmo sentimento que houve na vida do Senhor, o qual sendo Deus, não se deixou envaidecer por isso, mas antes, esvaziou-se dessa condição colocando-se em forma de homem, humilhando-se até a terrível morte que sofreu (Filipenses 2:5-8).
A vida do Espírito Santo dentro do ser humano o promove. Ter dentro de si a revelação da divindade, compreendendo que é sua morada dentre os homens é um status que pode confundir nossas mentes decaídas, sobretudo, a de neófitos.
Todavia, foi o profeta Jeremias quem decretou uma verdade sobre a qual devemos atentar sempre: “enganoso é o coração do homem, e desesperadamente corrupto...” (Jer. 17:9). Noutra versão do mesmo texto, diz que o coração do homem é incorrigível. Nossa tendência em usurpar da majestosa Glória que tem sido compartilhada por Deus graciosamente com a Igreja é uma grave e incorrigível enfermidade perante a qual devemos aprender a nos posicionar utilizando a vacina correta, que é a humilhação.
As virtudes do Reino de Deus que nos são disponibilizadas são alcançadas com chaves específicas. Instrumentos como a fé, a disciplina, a oração e a obediência abrem portas espirituais que nos permitem utilizar de poderes sobrenaturais, mas a manutenção disso deve ser acompanhada sempre da bênção da humildade.
Nunca perca uma oportunidade de ser humilhado! Ela está te ajudando a manter vivo dentro de você o dom precioso que o Senhor lhe confiou, pois para muitos, o dom tem sido tanto a razão de sua glória pessoal, quanto o caminho de sua queda. Prostrar-se diante do Senhor todos irão um dia, cabe a nós decidir se nossa humilhação será proporcionada no início ou no fim da carreira.
Quanto mais cedo entendermos este princípio, que afirma a escolha de Deus pelas coisas desprezíveis deste mundo, mais rapidamente nos tornaremos instrumentos úteis em suas mãos, não nos deixando levar pela perda de tempo com coisas fúteis e sem valor, as quais, são frequentemente valorizadas pela humanidade como importantíssimas.
Enquanto me sinto frustrado pela descoberta de que sou somente uma coisa desprezível deste mundo, minha mente me induz a lembrar da queixada de burro fresca nas mãos de Sansão. É nela que consigo ter a melhor definição de quem sou neste mundo: um pedaço de um corpo animal, em decomposição e fétido, todavia, uma arma nas mãos de um Deus poderoso, com a qual Ele tem derrubado milhares de seus inimigos em minha geração.
É por isso que importa que Ele siga crescendo e que eu continue diminuindo.
Deus, quero sumir!!
rafa